Por John Irish
PARIS (Reuters) - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse nesta terça-feira que tem esperança de que as diferenças com os rebeldes esquerdistas das Farc para se chegar a um acordo de paz podem ser superadas até o prazo final de março, embora as conversas continuem difíceis.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo de Santos estão negociando para encerrar a guerra mais longa da América Latina, que matou 220 mil pessoas e deixou milhões desabrigadas ao longo do último meio século.
Recentemente as partes acertaram o dia 23 de março de 2016 como data-limite para acertar um acordo final enquanto negociam uma pauta de cinco itens que inclui a participação política dos rebeldes, a posse de terras, o tráfico de drogas e uma justiça transicional.
"Estamos cada vez mais perto, mas nada é garantido até assinarmos", afirmou Santos à Reuters nos bastidores da cúpula climática da Organização das Nações Unidas (ONU) em Paris.
Santos disse que os dois lados ainda têm que finalizar questões relativas à justiça e às vítimas antes de tratar de desarmamento, desmobilização e reintegração.
"Será difícil, mas acho que podemos conseguir um acordo, e espero que possamos assinar um entendimento nos próximos meses".
O líder colombiano está apoiando a proposta de uma lei, em debate no Congresso do país andino, para a realização de um plebiscito que dê aos eleitores a chance de uma aprovação definitiva ao plano de paz.